segunda-feira, 3 de junho de 2013

Experiência com a leitura

Não tive avó que me influenciasse, ou despertasse em mim o gosto pela leitura, mas tive uma tia, tia Célia, ainda viva com seus 92 anos de idade, solteira, atenta à leitura. Leu a vida inteira, agora, devido à idade a leitura já se torna mais difícil. O seu passatempo atual são os programas de perguntas e respostas que sempre acerta e se entristece com a falta de conhecimento e leitura dos participantes.
Direta ou indiretamente ela me influenciou. Quanto a mim, fui muito tímido na infância e adolescência (Verdade!), sofria calado e, para desabafar, comecei escrever poemas. Ferramenta usada para pôr para fora toda minha angústia, tristeza e muitas vezes, falta de coragem, e, como a "Clair Feliz Regina", entrei nesse fantástico mundo da poesia. Fui também "um anarquista mental", como diz Danuza Leão, lia de tudo, mas não tive a sorte de ter os amigos que ela teve. Em compensação tinha a tia Célia e suas leituras que me contava em parte para me fazer buscar o livro e ver o final. Até hoje minha tia conversa sobre livros comigo(leu todos os clássicos que já ouvi falar) e quando "brinco de falar errado" ela prontamente me corrige " menino, você é professor, tem que dar exemplo, não pode brincar assim senão acostuma e acaba falando errado com seus alunos sem perceber".

Nenhum comentário:

Postar um comentário